Lanterna dos afogados

Quando tá escuro e ninguém te ouve 

Quando chega a noite e você pode chorar
Há uma luz no túnel dos desesperados

Há um cais de porto, pra quem precisa chegar

Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar

Uma noite longa, pra uma vida curta
Mas já não me importa, basta poder te ajudar
E são tantas marcas que já fazem parte
Do que eu sou agora, mas ainda sei me virar

Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar

 (Paralamas do Sucesso)

A morte, ela não perdoa ninguém.

A única certeza que temos ao nascer, é que vamos morrer. Mas por quê? Afinal para que serve a morte? Sabemos que não existe um só ser imortal. Chega a ser ridículo! Ganhamos um presente tão belo chamado vida. Fazemos planos, amigos, amores, carreira, família e pra no final das contas morrer? E o que acontece com o futuro? O que acontece com tudo o que foi conquistado? E os nossos amigos e familiares? Algumas pessoas ainda recebem uma segunda chance, não sei se por dó e/ou piedade ou até por milagre elas chegam bem próximo da morte, mas não se vão, nascem novamente e algumas fazem até questão de encontrá-la e conhecê-la. Quanta hipocrisia! Deus nos dá a vida já planejando a nossa morte?! Diante da morte, a vida é reduzida a nada. Não importa a forma como você vai morrer, o que você sabe é que vai morrer, a troco de quê? Ninguém sabe dizer. Não se sabe como, quando e nem onde, nunca estaremos preparados para tal evento. A morte é dolorosa, seja você famoso ou desconhecido, pobre ou rico, velho ou novo, gato ou cachorro, ela não dá aviso prévio, ela chega sorrateira e em questão de segundos... Já era! Você acaba de virar lenda. A morte não, ela não perdoa ninguém.

- Agda Muniz