18 março 2014

Violeta




Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
- Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti – violeta!

Tu és formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.

A borboleta travessa
Vive de sol e de flores…
- Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores!

Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
- Deixa eu durmir no teu seio,
Dá-me o teu mel – violeta!

(Casimiro de Abreu)

Um comentário:

Anônimo disse...

Borboletas. Amor sua liberdade e a alegria com que colorem o mundo, mesmo depois da dor de abandonar o casulo.